quinta-feira, 11 de março de 2021

Breve esboço sobre a Educação a Distância (EAD)


Na sociedade atual, a tecnologia está incorporada nas necessidades do dia a dia de grande parte da humanidade. Não é somente por causa do Business que esse avanço ocorre. Em muitos casos, derivam de particularidades e de verdadeiras problematizações distintas do negócio em si, mas, deveras inseridas com o objetivo de atender lacunas na sociedade derivadas de grandes nuances sociais.

A Educação a Distância está correlacionada a essa realidade. Um dos pontos a serem observados sobre o tema, dentre muitos, trata quanto a problemática da transposição de modelos já fortalecidos da Educação Formal para esse novo paradigma da Educação, que em nossos dias, encontra-se já fortalecida e muito alterada desde a sua forma original (embrionária), e com o avanço do conceito de Educação Continuada - onde o desenvolvimento pessoal e profissional é um constante aperfeiçoamento neste âmbito, apontando para a construção contínua do conhecimento - assim, tem-se observado uma verdadeira revolução educacional, proporcionando desafios constantes para os profissionais das mais diversas áreas envolvidas.

Desta forma, apesar de todo avanço e experiências já existentes na modalidade, a Educação a Distância carece de um determinado movimento em torno de renovação constante. Guilhermina Miranda e Idalina Jorge comentam:

“Ao nível conceptual existe a necessidade de questionar o conceito tradicional de educação (a distância) e de redimensionar as concepções de ensino e aprendizagem que lhe estão subjacentes”.

Tendo em vista essa constante e indispensável necessidade de acompanhar as revoluções e evoluções da Educação Tecnológica, a Educação a Distância tem em si mesma, se voltado  para um conjunto de esforços cada vez maiores no sentido de diversificar as fronteiras (e barreiras) da educação presencial (e em muitos casos inclusive do semipresencial), tem de maneira geral, revelado que essa movimentação ao longo dos anos, quanto a sua constante busca por novos rumos, tem cumprido com seu papel quanto a construção do conhecimento, por meio de sua modalidade e assim, contemplando cada vez mais pessoas em todas as partes do globo.

Com o avanço tecnológico, em particular, da tecnologia voltada a Educação, esse processo tem gerado novas e grandes oportunidades para o desenvolvimento pessoal e profissional cada vez mais compatíveis com a nossa sociedade e realidade atual.

Esse é o desafio também para as instituições de ensino, de tornar-se cada vez mais acessível nas mais diferentes plataformas e mecanismos de comunicação, influenciando cada vez mais o acesso a informação por meio da internet. 

Subsequentemente, essas instituições no contexto da modalidade de Educação a Distância, precisam romper barreiras no sentido de contribuir com as mais diversas possibilidades de acesso, seja ele por meio de manuais, livros, vídeos, áudios, etc., gerando desta forma, facilidades para o uso da informação, bem como, tornar possível ultrapassar limitações apresentadas pela TIC, e tudo isso gerindo um processo contínuo de ensino e aprendizagem. Computadores, smartphones, tablets, videogames, hoje, todos atendem a necessidade instrumental pelo qual pode-se aproximar o acesso a esta modalidade de ensino.

Cada vez mais, criam-se meios para o acesso à informação por meio de tecnologias cada vez mais acessíveis(quanto ao investimento), ou seja, está cada vez mais popular o uso das redes de comunicação, traduzindo oportunidades cada vez maiores para o futuro da Educação A Distância.

Todas essas questões (e muitas outras), estão diretamente ligadas aos desafios que exigem uma via de duas mãos, por um lado as instituições buscam cada vez mais flexibilizar o acesso ao conhecimento e formação.

Por outro lado, os estudantes precisam cada vez mais buscar sobressair-se quanto as dificuldades gerais encontradas durante os cursos buscando motivação, empenhando-se, interagindo, inovando ou arriscando, como um agente coparticipante no processo contínuo de renovação da Educação a Distância.

REFERÊNCIAS

COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO. O que é educação continuada? Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/o-que-e-educacao/32375. Acesso em: 10 Mar. 2021.

KAUFMAND, Roger; WATKINS, Ryan. ASSURING THE FUTURE FOR DISTANCE LEARNING.  2001. Disponível em: < https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.572.9041&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 09 mar. 2021.

KAUFMAND, Roger, et al. The Future of Distance Learning: Defining and Sustaining Useful Results. Educational Technology, vol. 41, no. 3, 2001, pp. 19–26. JSTOR. Disponível em <www.jstor.org/stable/44428666>. Acesso em 10 Mar. 2021.

MIRANDA, Guilhermina; JORGE, Idalina. Aprendizagem distribuída: contributos da psicologia e das ciências da educação. 2005.  Disponível em: <https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2808/1/Aprendizagem%20distribuida.2005.pdf>. Acesso em: 11 Mar. 2021.

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Por: Daniel L. Petersen, graduando no curso Licenciatura em História pela Universidade Uninta.

 


 

segunda-feira, 8 de março de 2021

O Professor EAD - Parte 1

 


O professor é sem dúvida alguma o agente transformador da Educação e do Saber. Ele é o detentor do “conhecimento”, daquele próprio, do campo de atuação, ou seja, da área de sua competência (importante observar que neste contexto, não está sendo tratado da “antiga ideia”, mas, tão comum em nossos dias da relatividade do conhecimento – ou da relatividade do saber - e a sua desconstrução).

De forma muito rápida (acompanhando de certa forma a revolução tecnológica), o cenário da Educação Formal apresentou diversas mudanças, principalmente por meio da tecnologia, o que passou a exigir cada vez mais dos Professores tanto quanto a formação (e especialização), quanto na metodologia nos meios de educação em nossa atual Sociedade Contemporânea (leia-se, Sociedade do Conhecimento). Uma amostra clara sobre “um dos” requisitos necessários e ligados à Docência em nossos dias, é decorrente da forma de implementação e a difusão da Educação a Distância (EAD), onde o professor renova a ideia de Educação, que se dá normalmente de maneira “formal”, ou seja, presencial, e passa nessa nova modalidade complementar, a trabalhar com um novo paradigma “On-Line”.

Esta modalidade não detém para si uma via única de Educação, mas, incentiva a abertura de diversas vias para o Saber, que não só preenche lacunas na Educação, mas promove o Conhecimento e a formação continuada por meio dela.

O que esperar do “Professor” (Educador) em nossa esfera global da educação atualmente diante desse cenário?

É difícil contemplar todas as necessidades impostas ao Professor neste novo cenário, desta forma, vamos tratar sobre dois pontos importantes em que há conexão com a Educação Formal, mas, apontando para as novas realidades na Educação:

1) O autodesenvolvimento constante:

Já era comum ao Professor, buscar reciclar-se em sua área de atuação, agora, com o avanço da tecnologia, passou-se a exigir que o educador se renove “continuamente” para atender as demandas atuais. Para essa nova realidade, faz-se necessário, estar preparado para atender as transformações tanto da área tecnológica, como nas mudanças do impacto sociológico da sua área de atuação, principalmente na forma de obtenção do conhecimento.

A velocidade da transformação neste quesito, faz com que o Professor esteja em constante “desenvolvimento” ou seja, preparando-se para acompanhar essas necessidades decorrentes dessa transformação natural da Sociedade.

2) A relação interpessoal em comunidades virtuais

Esse é sem dúvida, um dos principais pontos que demandam uma observância especial do Professor nessa nova modalidade de Educação a Distância. Como relação interpessoal, entende-se a forma de relacionar-se com pessoas, agora, por meio de espaços virtuais. O Professor normalmente lida com pessoas de diferentes culturas e advindas de diferentes comunidades, por esse motivo, faz-se necessário a observância de questões como: dedicação e esforço nas interações pessoas, valorização de opiniões adversas trabalhando de forma consciente e tratando o emocional quanto a dissenções.

A relação Estudante / Professor é o ponto chave para a contínua permanência do aluno nessa modalidade. Uma boa relação entre os participantes (Professor/Aluno) no processo de “aprendizagem” é o diferencial e um desafio do Professor que consegue assim, apesar da distância, manter o aluno na construção do seu conhecimento.

REFERÊNCIAS

SITE ESCOLAS INF BR. Educação formal e não formal. Disponível em:<https://www.escolas.inf.br/artigos/educacao-formal-e-nao-formal>. Acesso em: 08 mar. 2021.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS. O avanço da tecnologia e as transformações na sociedade. 2017. Disponível em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/paulo-afonso-ferreira/o-avanco-da-tecnologia-e-as-transformacoes-na-sociedade/. Acesso em: 08 mar. 2021.

COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO. A sociedade do conhecimento. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/a-sociedade-do-conhecimento/43151. Acesso em: 08 mar. 2021.

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Por: Daniel L. Petersen, graduando no curso Licenciatura em História pela Universidade Uninta.

O Papel do Historiador na Sociedade Contemporânea¹

 

O que é história? Concordo com March Block² ao afirmar que a melhor resposta a esse questionamento é tão simplista que poupar-se-ia muitos anos de reflexão acadêmica o fato de partir do pressuposto encontrado na etimologia da palavra (História) e apresenta-la simplesmente com sua ênfase, referindo-se como um conhecimento adquirido por meio da “pesquisa”. Concordo também, que espera-se uma resposta mais reflexiva e ampla em nossos dias (e de fato tem-se a necessidade), todavia, essa é sem dúvida alguma, a primeira e sincera relação com o profissional da História, ou seja, o principal papel do Historiador está metodicamente ligado a pesquisa.

O Historiador na Sociedade Contemporânea vai além, seu papel é de extrema importância, pois o objetivo quanto ao seu proposito fundamental de analisar os acontecimentos passado/presente criticamente,  leva-o, a ser capaz de interpretar e resgatar a memória cultural, política, etc, de povos e civilizações e, subsequentemente, relacionar essa realidade, identificando os desdobramentos diretos e indiretos na sociedade contemporânea e suas relações.

Muito além de simplesmente “registrar” um fato histórico, o Historiador é capaz de identificar as problematizações do seu tempo sobre a perspectiva do passado, projetando qual será o possível impacto para o futuro.

 Desta forma, o Historiador nada mais é que um aluno do passado, um interprete do presente com vistas para futuro.

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 [1] Iniciando breves introduções e reflexões sobre o papel de Historiador.

[2] BLOCK, March. A APOLOGIA DA HISTÓRIA OU O OFÍCIO DO HISTORIADOR. Rio de Janeiro, 2002.

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Por: Daniel L. Petersen, graduando no curso Licenciatura em História pela Universidade Uninta.

domingo, 7 de março de 2021

A HISTÓRIA COMO UMA NECESSIDADE PESSOAL

Não são poucos os desafios quando o assunto é tratar da História enquanto ciência, principalmente quando se está no início de um Curso de Graduação. Todavia, para alguns (e me coloco neste grupo), há uma estranha e contínua necessidade (e responsabilidade) em responder à diversas questões sobre o tema. Separei uma pergunta em particular, para tratar a questão de forma breve (e não exaustiva) como segue: Mas afinal porque devemos estudar e conhecer sobre a história?... 

Essa, sem dúvida alguma, será “uma“ dentre  as inúmeras questões que surgirão durante a carreira do docente e, certamente, é também, um questionamento justo e válido. A proposta deste pequeno texto, é de trabalhar a questão, numa perspectiva de “calouro” do Curso de “Licenciatura em História” , e nos rumos e veredas do saber, com a proposta de construir uma ponderação crescente, do Ponto de Vista pessoal e profissional sobre o tema, sendo esta, apenas uma linha de "interpretação", mas, subsequentemente, sempre com a tendência e o intuito de colaborar com colegas do Curso.

Conhece-te a ti mesmo” [1]

O famoso filósofo Sócrates (469-399 a.C.) com essa frase, contribui para a defini-la como o “ponto de partida” de diversas necessidades subliminares da natureza humana. Dentre muitas reflexões que esta frase pode representar para o refletir filosófico, atribui-se a uma “busca comum” que, por diversos momentos, torna-se uma necessidade atemporal do indivíduo, a saber, uma necessidade de “conhecer a si mesmo”! 

A relevância do tema, se levarmos em conta que o conhecimento de “quem somos” em um contexto mais amplo e entre diversas perspectivas, responde a necessidades dos seres humanos, como indivíduos, nos mais diversos campos da vida. 

Mas, para que esse conhecimento seja usado de forma justa e sincera, é necessário a compreensão de que essa busca é muito mais do que simplesmente a observação histórica da nossa experiência pessoal! E  para tanto, é preciso ir além, e procurar respostas em muitos outros locais. É demasiadamente correto afirmar que nem sempre essa tarefa é de modo geral fácil, pois a instrumentação necessária é um conjunto de informações absorvidas e contempladas nas mais diversas esferas do saber! E certamente, percorrerá o percurso de uma vida toda! Mas, com o objetivo de afunilar o que foi proposto no início do texto, podemos partir da ideia de que o conhecimento   inicia -se na perspectiva delimitada do âmbito familiar, e a posteriori, do mundo a nossa volta, que com tudo, coopera,  principalmente para a construção do que é conhecido por “cosmovisão”. Segundo Ewerton B.  Tokashiki:

Cosmovisão, é uma palavra que se refere ao entendimento que temos de Deus, de nós e do mundo! Em outras palavras, é a resposta à pergunta como interpretamos e explicamos tudo o que existe?! Talvez, outras perguntas são necessárias para entendermos a necessidade de conceituar a nossa cosmovisão. Como surgiu o universo? De onde viemos? Quem somos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe? Há sentido no sofrimento? A história terá um final feliz? [2]

No meio desta relação entre nossa percepção de realidade, e a busca por respostas, temos as matrizes formadoras de uma cosmovisão, que são compostas pelos pressupostos fundamentais com as quais em primeira instância já nascemos com elas, e são uma necessidade inerente aos seres humanos. Por conseguinte, os aspectos que são influenciadores e estarão “quase sempre”, como falamos anteriormente, no âmbito ao qual somos naturalmente expostos a eles, inicialmente numa esfera familiar, bem como na inter-relação do grupo ao qual fazemos parte na sociedade formando um pré-conjunto que colabora com o micro-conhecimento pessoal. Conforme cita Hermisten Maia Pereira da Costa: 

“todo conhecimento parte de um pré-conhecimento que nos é fornecido por nossa condição ontologicamente finita e pelas circunstâncias temporais, geográficas, intelectuais e sociais dentro das quais construímos as nossas estruturas de conhecimento” (COSTA, 2015) [3].

Desta forma, a História tem seu papel significativo ao indivíduo, construindo as bases da referência pessoal. Essa é uma “via” inicial, quando alguém sinceramente busca compreender e contemplar a si mesmo e ao mundo a sua volta. Assim, o conhecimento adquirido a partir da reflexão do estudo da História, de forma geral, a priori, nos leva a concepção de que somos agentes coparticipantes dela no presente, sendo eternos alunos do passado Histórico.

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[1]MENEZES, Pedro. CONHECE-TE A TI MESMO. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/. Acesso em: 24 fev. 2021.

[2]TOKASHIKI, Ewerton Barcelos. A Nossa Cosmovisão. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/cosmovisao/nossa_cosmovisao_tokashiki.htm. Acesso em: 24 fev. 2021.

[3]COSTA, Hermisten Maia Pereira da. A ENGANOSA PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS À LUZ DO SALMO 10: UMA REFLEXÃO DEVOCIONAL. FIDES

REFORMATA XX, Nº 1 (2015): 45-60. Disponível em: https://cpaj.mackenzie.br/wpcontent/uploads/2020/01/4-A-enganosa-prosperidade-dos-%C3%ADmpios-%C3%A0luz-do-salmo-10-uma-reflex%C3%A3o-devocional-Hermisten-Maia-Pereira-daCosta.pdf Acesso em: 24 fev. 2021.

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Por: Daniel L. Petersen, graduando no curso Licenciatura em História pela Universidade Uninta.

Revisão: 27/02/2021

Breve esboço sobre a Educação a Distância (EAD)

Na sociedade atual, a tecnologia está incorporada nas necessidades do dia a dia de grande parte da humanidade. Não é somente por causa do Bu...